Rede Ressoa Oceano recebe endosso da Unesco

27 de maio de 2025

Projeto coordenado por pesquisadora do Labjor faz parte das ações da Década do Oceano.

A Ressoa Oceano é uma rede de comunicação sobre o Oceano. O projeto publica reportagens em parceria com diversos veículos, além de fazer uma curadoria de notícias sobre o tema. E agora é umas das ações que integra o programa “Ocean Voices” da Década do Oceano da Unesco.

O projeto é uma parceria entre o Labjor/Unicamp e a Cátedra Unesco para Sustentabilidade do Oceano da USP. Contou com apoio da Ilha do Conhecimento e da Liga das Mulheres pelo Oceano em sua função. A equipe vem há 2 anos construindo uma rede de comunicação, que não busca criar um novo veículo, mas reunir, incentivar e melhorar a visibilidade de bons trabalhos já feitos por outros portais.

Uma das estratégias é a produção de reportagens temáticas para veículos parceiros como a Ciência Hoje, a Agência Bori e jornal ambiental O Eco, com textos que alcançam mais de 70 mil leitores. O foco é atrair mais pessoas para escrever sobre o tema, especialmente conectando pesquisadores sobre o oceano com jornalistas. Além disso, compartilham diariamente novas notícias, reunindo outras produções de qualidade que ajudam a construir um panorama da cobertura jornalística sobre o tema. E no dia mundial do oceano a Ressoa Oceano lançará o podcast Ressoa: uma janela para o mundo.

Segundo Germana Barata, pesquisadora do Labjor/Nudecri, a Década do Oceano é um “chamamento para que a gente volte a se relacionar com o oceano, não de forma só a explorar, mas a cuidar. Porque o oceano é a base da vida no planeta. Com o oceano doente, a humanidade também adoece”.

Barata reforça como o oceano é parte essencial do equilíbrio do planeta, gerando a maior parte do oxigênio da atmosfera e regulando o clima. Além de ser um único corpo de água que conecta todas as regiões do mundo. Apesar da relevância, o oceano não é cuidado, sobretudo fora dos limites territoriais dos países.

Oportunidades futuras

Com o endosso de reconhecimento da Unesco e a inserção no programa colaborativo sediado pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, Barata prevê melhorar o alcance e as oportunidades de financiamento. Hoje o projeto depende de editais temporários, o que dificulta a manutenção de ações a longo prazo, como a Década do Oceano precisa.

O reconhecimento da Unesco poderá facilitar novas parcerias nacionais e internacionais, além de fortalecer as que já existem. A pesquisadora cita como exemplo o projeto Biota da Fapesp e o INCT BioAmazônia Azul, no Brasil, e o início de um projeto que buscará integrar a comunicação sobre o oceano com países que falam português.