PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E CULTURAL

Tópicos especiais em Divulgação Científica e Cultural II

JC102 | Tópicos especiais em Divulgação Científica e Cultural II

Docente: Marcelo Knobel
E-mail: knobel@ifi.unicamp.br
Horário: Quinta-feira das 8h às 10h
Local: Disciplina ministrada integralmente em modo remoto, programação completa com o link da sala será divulgado no início do semestre letivo


Semestres em que a disciplina foi oferecida: 2020 - 2º semestre.

Ementa

Centralidade das fontes para prática jornalística, educacional, comunicativa. Os elementos do jornalismo e o problema das fontes. A importância do contexto em toda prática de comunicação pública da ciência. Conceito de fontes de informação. Histórico e evolução das publicações científicas e outras fontes de informação. Avaliação das fontes de informação existentes em C&T e sua adequação às necessidades dos jornalistas e divulgadores. A biblioteca e os índices. Fatores de impacto, peer-review: como funciona a avaliação da “boa ciência” entre os cientistas? Utilização da Internet como ferramenta para o divulgador de ciência: os programas de busca, o WWW, correio eletrônico e sites nacionais e estrangeiros de C&T. O acesso às fontes. Fontes específicas em ciências exatas, tecnologia, ciências biológicas e médicas, etc. Como selecionar a informação. Avaliação da qualidade e a compreensão crítica da informação. Como organizar a informação acessada, noções de publicações eletrônicas. Problemas éticos e profissionais no acesso às fontes. Conflito de interesse: como lidar com isso?

Metodologia de Ensino

O curso constará das seguintes atividades:

  • Aulas teórico/práticas remotas, com participação eventual de convidados.

  • Discussões em grupo e trabalho online dos alunos.

  • Estudos de caso, com experimentação de divulgação científica e produção de reportagens investigativas finais.

Programa:
– 
Fontes: why, how, when, where.

  • Noções elementares sobre ciência e tecnologia.

– Principais fontes de informação científica para o jornalista.
– Critérios científicos e jornalísticos de validação da informação.
– Critérios de seleção das fontes de informação.
– Fontes “tradicionais” de informação científica: livros, artigos, entrevistas com cientistas, pesquisas de opinião etc.
– Fontes de informação em novas tecnologias de comunicação.
– Mecanismos de busca da informação na Internet.
– Elaboração de bancos de dados relacionais de informação científica.

– Estudo de casos específicos. Avaliação crítica de alguns exemplos.

Critério de Avaliação

A aprovação no curso está vinculada com a confecção de um texto, podcast, vídeo ou qualquer outro material de divulgação científica durante o curso. Os temas dos trabalhos serão sobre problemas atuais em ciência e tecnologia, e devem ser discutidos previamente com o professor, que tentará ajudar o máximo possível com a bibliografia necessária e com o enfoque a ser seguido.

Bibliografia Básica

Há uma enorme bibliografia nesta área, que será em parte disponibilizada na lista de discussão.

Alguns textos aconselhados (outros serão acrescentados ao longo do curso, especialmente os relativos a estudos de caso):

1. Sobre fontes, jornalismo, divulgação, mídia:

J. Gregory, Steve Miller, Science in Public – Communication, Culture and Credibility (Plenum Trade, 1998)

Manuel Calvez Hernando, Manual de periodismo cientifico, Bosch, 1997

A. Granado, J.V. Malheiros, Como falar com jornalistas sem ficar à beira de um ataque de nervos, Gradiva, 2001

W. Burkett, Science Writing, Iowa Univ. Press, 1989

A. Briggs, P. Burke, Uma História Social da Mídia . ED. Zahar, RJ, 2004

B. Kovach, T. Rosenstiel, Os Elementos do Jornalismo. O que os jornalistas devem saber e o público exigir. Ed. Geração Editorial, SP, 2003

Using Science and Technology Information Sources. Ellis Mount and Beatrice Kovacs. Phoenix, AZ: Oryx Press, 1990.

It Ain’t Necessarily So: How the Media Remake Our Picture of Reality. David Murray, et al.

Ciência e Público: Caminhos da Divulgação Científica no Brasil. Org.: L. Massarani, I. de Castro Moreira, F. Brito, 2002, Casa da Ciência- UFRJ

2. Sobre funcionamento da ciência:

Que es esa cosa llamada ciencia? Alan F. Chalmers, 3a. ed. 1999, Siglo Veintiuno Argentina Editores

A Força do Conhecimento, John Ziman, 1981, Ed. Itatiaia.

Real Science, J. Ziman, Camb. Univ. Press, 2000.

Ciência em Ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora, Bruno Latour, 1998, Editora da UNESP.

Ziman, John. “Essays On Science And Society: Why must scientists become more ethically sensitive than they used to be?”, Science, Vol. 282. no. 5395, 4 December 1998: pp. 1813-1814.

Novotny, H., Scott, P., Gibbons, M. Rethinking Science: Knowledge Production in an Age of Uncertainty, Polity Press, 2001.

Funtowicz, S., Ravetz, J. “Ciência pós-normal e comunidades ampliadas de pares face aos desafios ambientais”, em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59701997000200002

Gibbons, M. “Science’s new social contract with society”, Nature, 402, C81, 1999; p. 11-17.

3. Sobre science wars e pseudociência

La Ciencia: lo bueno, lo malo y lo falso, Martin Gardner, 1981, Alianza Editorial.

Voodoo Science: the road from foolishness to fraud, Robert Park, 2000, Oxford.

As nove idéias mais malucas da ciência, Robert Ehlrich, 2001,Prestígio Ed.

Imposturas Intelectuais, Alan Sokal e Jean Bricmont, 1999, Record.

O Mundo Assombrado pelos Demônios, Carl Sagan, 2002, Cia. das Letras.

Why People Believe in Weird Things: Pseudoscience, superstition and other confusions of our time, Michel Shermer, 2001, Owl Books.

Desvendando o Arco-Íris: Ciência, ilusão e encantamento, Richard Dawkins, 1998, Cia. das Letras.

A impostura científica em dez lições, Michel de Pracontal, 2001, Editora da UNESP.

Ideas para la imaginación impura: 53 reflexiones em su própria sustancia, Jorge Wagensberg, Metatemas 54, Tusquets Editores (Espanha).

The Borderlands of Science: where sense meets nonsense, Michael Shermer, 2001, Oxford University Press.