Este projeto se propõe a pensar de modo colaborativo, em interações múltiplas entrepesquisadores do Brasil (Unicamp, Unifesp, Unesp, USP, UFRJ, UFSC, UFRN, UFES, UFRGS,UFSM), Argentina (UNRN, UNC, UNAJ, CONICET) e Colômbia (UPB, UA e Colectivo OtrosPresentes), o problema: o que podem as alianças entre artes, ciências e comunicações diante doAntropoceno? As experiências da equipe na Rede de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas, que existe desde 2014, nos fazem pensar que a resposta a essa pergunta vai além da mera denúncia das perigosas forças em jogo no Antropoceno, e da ideia de convencimento dos públicos, e passe por um “perceber-fazer floresta”. Por fazer das linguagens laboratórios-ateliês de experimentação sensíveis de modos de viver, sentir e pensar junto que levem a sério uma crítica ao antropocentrismo, que se inventem em alianças afirmativas com os mais que humanos, que experimentem uma não oposição entre naturezas e culturas e assumam que as narrativas também fazem parte dos modos de existir a serem cuidados, dos refúgios a serem reconstituídos e dos mundos habitáveis a serem cultivados. Para testar essa hipótese realizaremos uma pesquisa baseada na metodologia da fabulação especulativa, tendo como companhias plantas, animais, rios, nuvens e bactérias, e que envolverá: 1) análises comparativas de experiências artísticas, científicas e culturais com o Antropoceno, concebidas nos últimos 20 anos pela própria equipe e por outras equipes na Europa e Estados Unidos; 2) invenção conceitual e metodológica; 3) processos coletivos de pesquisa em seminários online e disciplinas de graduação e pós-graduação; 4) residência artística na Amazônia e em Campinas; e 5) divulgação artística, científica e cultural